Engenharia de materiais.
É o ramo da engenharia voltado para a pesquisa de materiais e de novos usos industriais para os materiais já existentes. O professional atua na gestão, supervisão e orientação técnica de projetos e processos de produção, transformação e uso de materiais. Esse engenheiro pesquisa e cria materiais, como resinas, plásticos, cerâmicas e ligas metálicas. Aperfeiçoa suas propriedades e estabelece novas combinações, que resultam em produtos inéditos. Ele também estuda alternativas de aplicação de materiais já conhecidos em diversos tipos de produto. É o responsável por todo o processo, da seleção da matéria-prima e definição dos métodos de produção ao emprego do material. As perspectivas de trabalho em indústrias petroquímicas, siderúrgicas e automobilísticas e na criação de tecnologias de reciclagem de plásticos, são boas e crescentes.
Mercado de Trabalho
As indústrias petroquímica e siderúrgica são as que mais empregam esse profissional, que, pelo aquecimento da economia nacional, vem encontrando boas oportunidades de trabalho. A Vale é tradicional empregadora. Além disso, a instalação da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) no país abre expectativas de emprego tanto para os que já têm experiência quanto para os recém-formados. Um dos segmentos mais importantes dessa engenharia é o de desenvolvimento e produção de novos materiais. A área de metais é a que mais recebe investimentos no país e tem a maior demanda por profissionais. A indústria de polímeros também acena com boa expectativa devido ao aumento da produção petrolífera. Outra grande empregadora é a Petrobras, que precisa desse engenheiro para o desenvolvimento de materiais mais resistentes aos ambientes do petróleo e no refino. No Sul, predomina a indústria de cerâmica, com as áreas de pisos, revestimentos e porcelanas. Cecrisa, Eliane, Portinari também são tradicionais empregadoras nesse ramo. São Paulo, pelo tamanho do parque industrial, concentra boa parte das oportunidades. No Rio de Janeiro com CSA, e por fim, o Vale do Aço, no leste de Minas Gerais. A preocupação com o meio ambiente também incentiva as indústrias a contratar o profissional para o desenvolvimento de tecnologias de reciclagem e reaproveitamento de resíduos, com as quais ele cria produtos que possam ser recolocados no mercado.
Salário inicial: R$ 3.270,00 (6 horas diárias); Fonte: CONFEA.
O Curso
Depois da formação básica, no terceiro ano é preciso optar por uma das três especializações: metais, cerâmicas ou polímeros. A partir daí, o currículo dá ênfase às disciplinas relacionadas com a respectiva escolha. Boa parte da carga horária é passada em laboratório, onde o aluno se familiariza com as propriedades e as aplicações desses materiais. Nas aulas práticas, ele pesquisa e desenvolve novas ligas metálicas, compostos cerâmicos e polímeros, como borrachas, resinas, plásticos, acrílicos e materiais supercondutores. O estágio é obrigatório, assim como a apresentação de um trabalho de conclusão de curso.
Duração média: cinco anos.
Em quais frentes o profissional pode atuar
Cerâmica: Criar materiais cerâmicos, avaliar suas propriedades e estudar novas utilizações para os já existentes. Controlar a qualidade da produção das peças em indústrias de materiais refratários e revestimentos cerâmicos.
Metais: Desenvolver ligas metálicas e gerenciar sua produção, para garantir a qualidade do material, conforme suas propriedades e seu destino.
Polímeros: Criar compostos de borracha, resinas, plásticos e acrílicos para ser empregados nos mais diversos tipos de indústria, controlando a aplicação do material de acordo com suas propriedades e o uso a que se destina.
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